sexta-feira, 21 de maio de 2010

Miss EUA sofre discriminação

"Jovem libanesa naturalizada americana é descrita como 'terrorista' por imprensa do país.

Parentes de miss fazem parte do Hezbollah Rima Fakih, a libanesa naturalizada americana que venceu o Concurso Miss EUA, não imaginava, ao ser eleita, que provocaria tanta polêmica. Inicialmente, pensava ser apenas a primeira vencedora de origem árabe e islâmica. Mas, no dia seguinte, era descrita como terrorista por parte da imprensa americana. As acusações irritaram os libaneses, que saíram em sua defesa.
Muçulmana xiita, Rima já desfilou de biquíni e dançou de forma sensual em concursos de bares de Detroit. Quando se mudou do Líbano para Nova York, estudou em colégio católico - bem diferente da imagem internacional da mulher xiita, ligada a vestimentas conservadoras.

Na verdade, como Rima, existem muitas mulheres no Líbano. Em Beirute, não é incomum uma jovem muçulmana, xiita ou sunita, estudar na Universidade Saint Joseph ou ir a alguns dos liceus franceses. Também vão às praias, normalmente no verão, entram no mar ao lado de homens e adoram as baladas da capital.
Ao mesmo tempo, não se pode esquecer que, no Líbano, existem mulheres muito conservadoras. Algumas xiitas, sunitas e druzas fazem questão de se cobrir. No entanto, em uma mesma família, pode haver uma mulher com roupas liberais, como Rima, e outra com o véu cobrindo a cabeça.

Alguns dos parentes de Rima integram o Hezbollah. Para os libaneses, algo comum. A organização é vista no país como um partido político, integrante da coalizão governamental que realiza ações sociais. Nos EUA, o grupo é considerado terrorista.

Como foi eleita miss em território americano, Rima teve de explicar o papel de sua família e também uma suposta participação em um strip tease. Queriam saber se ela era terrorista e prostituta.

No Líbano, essas acusações pegaram mal. No Facebook, jovens libaneses defenderam arduamente Rima. O mesmo fizeram comentaristas de TV e jornais da capital Beirute. Na terra dos cedros, podem aceitar de tudo, menos que falem mal de suas belas mulheres." (Fonte:Estadão)

Comentário:  Os norte-americanos até podem ter muitas qualidades, quem têm, mas são tão preconceituosos, a Miss tem uma origem que não lhes agrada então toca a ataca-la e chama-la de terrorista, as coisas não podem ser assim. Se são um país democrata, e se ela está naturalizada nos EUA, tem todo o direito a ser miss e a ser respeitada como todas as outras que já o foram... Ela fez questão de explicar a sua origem, por isso não têm direito a julga-la e a acusa-la sem terem a mínima noção do que estão a fazer. O respeito pelo próximo, mesmo que seja um próximo diferente, precisa-se e tem que estar sempre presente, sobretudo na cabeça dos norte-americanos, que as vezes se deixam levar pelo preconceito e não medem as consequências dos seus actos, tudo porque se acham superiores a todos os outros.

1 comentários:

Geopalavras disse...

Em certos aspectos até são... certo? Eu gosto muito do meu pc e adoro o cinema...

PS: o que se passou com o blogue?