terça-feira, 20 de abril de 2010

Washington não devolveu livros e teria multa de 300 mil dólares



Mais antiga biblioteca de Nova Iorque descobriu um estranho 'ladrão':  o primeiro presidente norte-americano.
Foi ao dar voltas ao seu arquivo que os funcionários da New York Society Library, a mais antiga biblioteca pública da cidade de Nova Iorque descobriram um estranho "ladrão". Em 1789, George Washington, o primeiro presidente depois da independência dos Estados Unidos, requisitara dois livros. E nunca os devolveu.
Ajustada à inflação, a multa que o general vencedor da Revolução americana contra os britânicos teria de pagar seria de 300 mil dólares. Uns impressionantes 220 mil euros por 220 anos de atraso na devolução que a biblioteca já disse não ir cobrar. Mas os responsáveis da New York Society Library, uma instituição pública fundada em 1754, referiram aos media estar, sim, interessados em recuperar os dois livros levados por Washington. Uma tarefa difícil, uma vez que os dois exemplares de literatura política do século XVIII parecem ter desaparecido. Ironicamente, a correspondente da BBC em Washington Madeleine Morris sublinhava que se Washington ficou para a história como o homem que nunca disse uma mentira, passou agora a ter uma "mancha no currículo".
De acordo com os registos, terá sido no dia 5 de Outubro de 1789 que o primeiro presidente dos EUA se dirigiu à então única biblioteca da cidade onde na altura se situava a sua residência oficial (a Casa Branca ainda não fora construída na capital a que Washington daria nome). Lá chegado, terá requisitado um exemplar de Law of Nations, uma dissertação sobre relações internacionais e também um volume das transcrições dos debates na Câmara dos Comuns britânica.
O funcionário de serviço nem sequer terá pedido a Washington para assinar o livro de registos, limitando-se a preencher o local para a pessoa que fez a requisição com a palavra "presidente".
Os livros deveriam ser devolvidos um mês depois, mas nunca deram entrada na biblioteca. Agora, ao digitalizar os arquivos da época, os bibliotecários descobriram o caso. Se fosse vivo e quisesse saldar a dívida, George Washington teria uma solução simples: dar à biblioteca 300 mil notas com a sua cara (as de um dólar). (Fonte: DN)

Comentário: Anda aí ladrão! :) Foi então descoberto, recentemente, um ladrão na Biblioteca mais antiga de Nova Iorque e adivinhe-se quem? O primeiro Presidente Americano. É verdade, parece que este falecido senhor ia buscar livros para se entreter e esquecia-se de os devolver acumulando-os em casa. Para os requisitar identificava-se com a palavra "presidente" marcando a sua autoridade mas e para devolver não ficava bem levar o requisitado para dar o exemplo?! Parece que a autoridade, como refere a notícia, mostra que  "Washington ficou para a história como o homem que nunca disse uma mentira, passou agora a ter uma "mancha no currículo".
Após estes anos todos, a multa está saldada, e também ninguém teve a culpa do lapso do presidente mas a recuperação dos livros seria interessante, uma vez que poderia ser leiloado ou então ter uma marca de referência de Washington é algo de histórico.

Até porque o ilustre presidente podia muito bem ter tirado algumas notas daquilo que estava a ler e seria extremamente interessante conhecermos a faceta literária de Washington. que afinal a única mancha que o senhor tem é mesmo a de ladrão, e por incrível que pareça já depois, muito depois da sua morte.. Coitado, já deve andar as voltas no seu túmulo a pensar numa solução para repor a sua reputação de "senhor perfeito".
Mas exceptuando a grandiosa e super atrasada divida, temos que dizer que Washington foi um grande Senhor! 
Águas passadas, resta viver com a realidade e continuar a mostrar a qualidade desta biblioteca e estar atentos aos livros, não irão usar o exemplo do presidente :)

1 comentários:

Geopalavras disse...

Incrível! Há por aí bibliotecas que não sabem o que cederam da parte da manhã... quanto mais há 200 e tal anos!