segunda-feira, 22 de março de 2010

Obama vê aprovada reforma da saúde por margem tangencial

"Por uma diferença de 7 votos (num total de 431), o presidente norte-americano Barack Obama viu no domingo à noite aprovado pela Câmara dos Representantes o seu projecto de reforma da saúde. O debate de domingo tinha durado mais de dez horas e concluiu o aceso confronto que se arrastava desde o início do mandato de Obama. 

A reforma obteve 219 votos contra 212, tendo a fracção republicana votado vencida e reafirmado, após a derrota, a sua convicção de que a reforma não é sustentável do ponto de vista do seu financiamento. A reforma já fora aprovada em Dezembro pelo Senado. O líder parlamentar democrata, Steny Hoyer, citado pela agência France Press, comentou que "temos diante de nós um projecto de lei para mudar uma trajectória que não é viável". 

A aprovação do projecto parecia comprometida pela divisão do campo democrata, do qual 34 congressistas votaram contra a reforma ao lado dos 178 republicanos, esses sim, unidos na recusa.

Para fazer pender a balança para o lado da reforma foi decisiva a viragem de última hora de um democrata dissidente, até aí sempre contrário ao projecto, Bart Stupak. O congressista é um dos chefes-de-fila da campanha anti-abortista e cobrou cara a sua adesão: para obtê-la, Obama teve de comprometer-se a reafirmar a recusa de financiamentos federais às interrupções de gravidez. 

Os custos da reforma devem montar a 940 mil milhões de dólares em dez anos, mas a Administração Obama defendeu que o défice orçamental será reduzido em 138 mil milhões devido à baixa de custos da Medicare (cuidados médicos a pessoas idosas). O paradoxo suscitou um comentário sarcástico ao republicano Mike Pence, uma das figuras mais influentes da oposição: "Só em Washington se pode dizer que se gasta um bilião fazendo poupar dinheiro aos contribuintes". 

A reforma deverá estender um seguro de saúde a cerca 32 milhões de norte-americanos que não o tinham até aqui. Com isso ficará a haver uma cobertura para 95% dos norte-americanos com menos de 65 anos. As seguradoras ficarão impedidas de recusarem essa cobertura a pessoas que tenham uma história clínica prenunciadora de maiores despesas" (Fonte:RTP)

Comentário: OBAMA FEZ HISTÓRIA! Foi finalmente aprovada a tão desejada reforma de saúde, que vai sem dúvida alguma mudar a vida de muitos norte-americanos, proporcionado-lhes condições de vida fundamentais para a existência humana. Até ao momento da votação nada estava definido, não havia certezas, apenas esperança de que algo pudesse mudar e assim foi é caso para dizer que depois desta reforma se tornar possível muita coisa pode vir a mudar nos EUA. Não é exagero dizer que Obama é um herói, ou até arriscaria a dizer que ele é o salvador dos EUA, porque apesar deste país ser a primeira potencia mundial há muita coisa que falha, muita mesmo e isso tem que ser mudado. Depois da primeira grande vitória outras virão certamente. Apesar disto não ser no meu país eu fiquei bastante satisfeita com a aprovação desta reforma, afinal podemo-nos considerar cidadãos do mundo, e como tal temos o dever de nos preocuparmos com os outros. Porém agora parece tudo muito cor-de-rosa, mas a nova reforma vai demorar a ser aplicada, as seguradoras de uma maneira ou de outra vão mostrar-se resistentes, os utentes que agora vão ter acesso a saúde vão acabar por ser discriminados de uma maneira ou de outra. Vai ser difícil até se notar mesmo uma igualdade na saúde, mas o gigantesco passo já foi dado e isso é o principal. Valeu a pena o Nobel da Paz atribuído ao Senhor Barack Obama, ele merecia-o e continua a mostrar que o merece, eu fui daquelas pessoas que disse, que este Nobel serviu para incentivar ainda mais a luta de Obama e está a dar resultado. Obama é uma esperança, talvez até uma salvação e vai passar por ele grande parte do futuro norte-americano. As provedoras da América do Norte, estão do lado deste promissor presidente e depositam a maior confiança nele. Os EUA estão a mudar!!

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