"Reunião entre Barack Obama e Dalai Lama agravou tensão entre países
O embaixador norte-americano em Pequim foi convocado, ontem, sexta-feira, pelas autoridades chinesas que lhe apresentarem um protesto formal pelo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama.
O encontro entre Barack Obama e Dalai Lama "prejudica gravemente" as relações sino-americanas, disse, ontem, o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. "A acção americana é uma séria ingerência nos assuntos internos chineses, fere seriamente os sentimentos do povo chinês e prejudica gravemente as relações sino-americanas", declarou, ainda, o porta-voz do MNE, em comunicado.
A China reagiu, assim, previsivelmente ao encontro entre o presidente norte-americano que recebeu, anteontem, o prémio Nobel da paz de 1989, apesar da firme oposição e da pressão de Pequim para que a reunião não se concretizasse. Apesar do encontro discreto promovido por Washington, que sublinhou o carácter privado e apolítico da reunião, o Governo Chinês convocou, ontem, o embaixador norte-americano em Pequim, para lhe dar conta do seu desagrado.
Em comunicado, o porta-voz do MNE chinês lembra que o encontro de quinta-feira foi "contrário aos compromissos repetidos pela administração norte-americana de reconhecimento do Tibete como parte da China e de que não apoia a independência tibetana".
E acrescenta: "Os EUA devem adoptar medidas concretas para manter o crescimento saudável e continuado das relações sino-americanas".
"Forte apoio"
Recorde-se que após o polémico encontro, Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, explicou, também em comunicado, que durante a reunião com Dalai Lama, Barack Obama manifestou o seu "forte apoio" aos direitos do povo tibetano. "O presidente louvou o compromisso de Dalai Lama de não violência e a sua busca de diálogo com o Governo chinês", acrescentou Robert Gibbs.
Desde a administração de George Bush, todos os presidentes norte-americanos receberam o líder espiritual dos tibetanos na Casa Branca, apesar dos repetidos protestos da China. Dalai Lama, de 73 anos, fugiu do Tibete em 1959, depois de um golpe frustrado contra as autoridades chinesas na região, vivendo, desde então, no exílio. " (Fonte:JN)
Comentario: Já a muito tempo que as relações entre a China e os EUA se têm vindo a dissipar, desde os problemas com a Google até a fornecimento de armamento a Taiwan que a relação sino-americana esta fortemente comprometida. É sabido que já tem vindo a ser tradição receber o Dalai Lama na casa branca e contra isso nada podemos afirmar e também é do conhecimento público que Barack Obama desde sempre apresentou grande apreço por Dalai Lama. Porém surge a pergunta de "porquê tanta confusão?". Pois bem estes dois países são ambos grandes potências mundiais e os EUA corre o sério risco de um dia vir ser ultrapassado pelo verdadeiro monstro em que a china se está a transformar, por isso é natural que surja um sentimento de rivalidade. Os chineses deixam toda a responsabilidade nas mãos norte-americanas, pois caso haja algum rompimento não querem ser responsabilizados por terem falhado dai que para eles qualquer passo dos EUA seja visto como um acto condenável. Por outro lado os EUA não tencionam serem ultrapassados nunca por isso romper relações com a China e prejudica-la pode ser um objecto a considerar. Se analisarmos bem as coisas nesta perspectiva a aliança que estes têm serve apenas como um meio para os EUA poderem estar de certa forma “infiltrados” na China. O que se aproxima no futuro será que não passara de uma disputa económica ou vai mais longe?
sábado, 20 de fevereiro de 2010
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