quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Obama declara guerra à Fox News e lança debate sobre liberdade de expressão

"A longa corrida à Casa Branca entre 2007 e 2008 foi apelidada de “a melhor série na televisão”. Mas desde a eleição e tomada de posse de Barack Obama, a profunda divisão ideológica entre os canais de notícias tornou-se numa das novelas mais comentadas dos EUA. Há duas semanas, ganhou novo fôlego: a Casa Branca e Barack Obama declararam guerra à Fox News, o canal de cabo de orientação conservadora de Rupert Murdoch.
A tensão está de tal forma elevada que hoje o senador republicano Lamar Alexander disse à Reuters que a Casa Branca de Obama lhe começa a parecer a de Nixon, guiada por um sentimento de “estão todos contra nós e temos de os apanhar”. O senador, um dos líderes da representação republicana no Congresso, sugeriu que o Presidente “recue” e “não comece uma lista de inimigos”, referindo-se à paranóia da presidência de Richard Nixon e à sua infame lista – com jornalistas e comentadores.

A batalha dura há semanas nos velhos e novos média, com a Casa Branca a dedicar uma secção do seu blogue The Briefing Room à correcção do que considera serem os erros ou mesmo as “mentiras” da Fox News – com link para o Truth-o-Meter (um “verdadómetro”) de um jornal que analisa questões semelhantes.

Este domingo, David Axelrod, o principal conselheiro político de Obama, disse na ABC que a programação da Fox News “não é verdadeiramente de notícias” mas sim “promoção de um ponto de vista”. No mesmo dia, o chefe de gabinete de Obama, Rahm Emanuel, dizia na CNN que a Fox News “não é uma empresa noticiosa”, mas sim tendenciosa. Quando a directora de comunicações da Casa Branca, Anita Dunn, disse ao "New York Times" que a Administração vai tratar a Fox News “da mesma forma que tratamos um adversário” e afirmou à "Time" que o canal faz “opinião mascarada de notícias”, alguns analistas começaram a preocupar-se com a atitude da Administração Obama.

A Casa Branca declarou a Fox News sua inimiga, isto depois de ter anunciado que ia ser mais agressiva na sua reacção a notícias com imprecisões ou desfavoráveis em geral." (Fonte: Público)

Os EUA são um verdadeira roda-viva de emoções, acontece de tudo e no fundo acabam por não se centrar no que realmente é importante fazer no país. Mas quem sou eu para julgar o que estes políticos fazem.

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