sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ex-chefe da Polícia de Nova Iorque culpado de corrupção

"O ex-chefe do Departamento de Polícia de Nova Iorque Bernard Kerik declarou-se hoje culpado em oito acusações relacionadas com conspiração, fraude fiscal e corrupção cometidas enquanto desempenhou o cargo.


Kerik, de 54 anos e ex-candidato a dirigir o Departamento de Segurança Interior dos Estados Unidos no segundo mandato do presidente George W. Bush, reconheceu a sua culpa perante o juiz Stephen Robinson, do Tribunal Federal do condado de White Plains (Nova Iorque), embora anteriormente tivesse negado os crimes.

"É muito triste que um ex-chefe da Polícia de Nova Iorque se declare culpado de oito acusações federais", lamentou hoje o promotor Preet Bharara, que assegurou à sala que "ninguém está acima da lei".

"A Procuradoria não hesitará em perseguir todo e qualquer funcionário que viole o seu juramento e atraiçoe a confiança dos cidadãos", acrescentou.

Bernard Kerik, amigo e protegido do antigo presidente da câmara nova-iorquina Rudolph Giuliani, enfrenta uma pena que pode chegar aos 61 anos de prisão, ficando a conhecer o veredicto no dia 18 de Fevereiro de 2010.

Das acusações que pesam sobre Kerik fazem parte a apresentação de documentos falsos e a prestação de declarações falsas às autoridades federais durante o processo de escrutínio ao seu percurso profissional, pessoal e financeiro que antecede a nomeação para um cargo governamental.

O ex-chefe da polícia admitiu hoje ter apresentado declarações de impostos fraudulentas entre 1999 e 2007 e ter feito declarações falsas durante um processo de pedido de empréstimo ao National Community Bank, em 1999.

Também revelou ter ocultado que uma companhia de Nova Jérsia lhe pagou obras no apartamento no valor de 255.000 dólares (171,4 mil euros) a troco de que ele facilitasse contratos entre a empresa e a autarquia nova-iorquina.

A 20 de Outubro, o juiz Stephen Robinson revogou a liberdade provisória (sob uma fiança de 500.000 dólares) em que Bernard Kerik se encontrava, permanecendo este na prisão desde então." (Fonte: DN)

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