A Coreia do Norte exortou Washington a decidir se pretende ou não lançar negociações bilaterais com o regime, algo que Pyongyang considera como um passo preliminar à retoma das conversações a seis sobre o seu polémico dossier nuclear. “Chegou a hora de os Estados tomarem uma decisão”, avaliou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência noticiosa estatal norte-coreana KCNA.Lee Jae-Won/Reuters
O regime de Pyongyang anunciou pelo início de Outubro que estava disponível e pronto a regressar, sob determinadas condições, às negociações sobre o desarmamento nuclear no seio das discussões a seis que, desde 2003, envolvem as duas Coreias, os Estados Unidos, a China, Japão e Rússia.
À cabeça dessas condições está justamente a abertura de um diálogo directo e bilateral com os norte-americanos – algo a que Washington se mostrou disponível, mas apenas com o objectivo em mente de fazer com que a Coreia do Norte regresse à mesa dos seis, a qual Pyongyang abandonou há quase um ano, pouco antes de retomar os ensaios nucleares, em Novembro passado.
Esta tomada de posição segue-se a uma visita – na semana passada – de um responsável norte-coreano aos Estados Unidos, que então se reuniu com o emissário especial norte-americano para as conversações sobre o programa nuclear norte-coreano. A viagem foi vista pelos analistas como uma operação “de charme” de Pyongyang, que carece cada vez mais de ajuda e apoio financeiro, tendo a diplomacia norte-coreana esclarecido, já hoje, que a mesma “não constituiu uma discussão preliminar a um reencontro entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”.
“Não houve quaisquer discussões profundas sobre o assunto [da retoma das negociações a seis]”, garantiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, avançando que a “conclusão” a que chegaram foi de que “as partes directamente envolvidas, que são a Coreia do Norte e os Estados Unidos, têm primeiro que tudo que se sentar e encontrar uma solução racional”.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Coreia do Norte pede aos Estados Unidos para iniciarem negociações bilaterais
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